Obrigações do Jogador ao entregar o cartão do jogo

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Olá Golfistas,

Nas minhas arbitragens de torneios de golfe tenho notado que boa parte dos jogadores tem certa dificuldade em entender suas obrigações ao entregar o seu cartão de jogo (scorecard). Também não entendem quais são as responsabilidades da comissão do torneio, quando se trata de registro dos resultados.

Vamos abordar estes tópicos.

Em uma competição Stroke Play, o jogador é obrigado a entregar o seu cartão:

  • conferindo o que foi assinalado, buraco a buraco;
  • garantindo que o cartão tenha sua assinatura e a assinatura do seu marcador;
  • conferindo se seu handicap está correto e escrito no cartão.

Estas obrigações estão claras na regra 6.6b (Assinatura e Entrega do Cartão de Escores)

Depois de terminada a volta, o competidor deve conferir seu escore para cada buraco e esclarecer quaisquer pontos duvidosos com a Comissão. Ele deve se assegurar que o marcador (ou marcadores) tenham assinado seu cartão, assiná-lo também e entregá-lo à Comissão, o mais rápido possível.

E na regra 6.2b (Handicap em Jogo por tacadas):

Em qualquer volta de uma competição com handicap, o competidor deve, obrigatoriamente, se certificar de que o seu handicap está indicado no cartão antes de entregá-lo à Comissão. Se não houver registro do handicap no cartão antes deste ser entregue (Regra 6-6b), ou se o handicap indicado for superior ao que o competidor tem direito e este fato alterar o número de tacadas a receber, ele será desclassificado da competição com handicap; caso contrário, o escore será válido.

Não é obrigação do jogador, e sim da comissão, efetuar a soma dos resultados de cada buraco, para determinar o total gross e subtrair o handicap para determinar o total net.

Note que se o jogador assinalar um buraco com valor inferior ao que ele jogou, o mesmo será desclassificado da competição. Caso ele assinale um valor superior ao que ele jogou, este valor será usado.

Note também que, mesmo o cartão sendo entregue ao jogador pela comissão, antes do início da competição, com o seu handicap impresso, é de obrigação do jogador verificar se este handicap está correto. Se ele devolver o cartão com o handicap errado (superior ao real), será desclassificado (Decisão 6-2b/3.5).

Até a próxima,
J. Nabuco

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Modernização das Regras do Golfe

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Modernização das Regras do Golfe

Olá Golfistas,

Na semana passada a R&A e a USGA anunciaram o maior conjunto de propostas para mudar as Regras do Golfe. Eles estão estudando estas mudanças desde 2012, e neste ano eles publicaram as principais propostas e vão analisar os comentários dos golfistas do mundo todo até Agosto de 2017. As propostas aprovadas serão implantadas em 2019.

modernização

Veja abaixo algumas das principais propostas de mudanças:

  • Como dropar uma bola
    • Será permitido dropar de qualquer altura, desde que não toque nenhum objeto até chegar ao solo.
  • Tempo para procurar a bola perdida
    • O tempo será reduzido de 5 minutos para 3 minutos
  • Tempo para uma tacada
    • Será inserida uma regra determinando que o tempo máximo de uma tacada seva ser 40 segundos.
  • Putting com a bandeira no buraco
    • Mesmo no green o jogador poderá executar um putting com a bandeira no buraco, e não será penalizado.
  • Número máximo de tacadas
    • Será permito à comissão definir um número máximo de tacadas por buraco, em uma determinada competição.
  • Reparos no Green
    • Além do pique de bola e buracos antigos, será permitido reparar outas marcas no green, como marcas de skipes de sapatos.
  • Regras mais branda em azar de água
    • Será permitido tocar o solo de azar de água e remover impedimentos soltos.
  • Bola em movimento acidentalmente defletida
    • Se a bola em movimento bater, acidentalmente, no jogador ou em seu equipamento, não há penalidade e a bola deve ser jogada como parou.

E o que está certo que não vai mudar?

  • Bola em um divot não terá alívio
  • Uma tacada de penalidade para tacadas que tocam mais de uma vez a bola (double hit)
  • Máximo de 14 tacos na bolsa
  • Tamanho do buraco (4 ¼ de polegada)
  • 18 buracos de uma volta padrão

Note que, se aprovadas, somente serão implantadas em 2019. Até lá, as atuais regras estão válidas e continuam a ser cobradas.

Abs,
J. Nabuco

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REGRA LOCAL: Movimento acidental da bola no putting green

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Olá Golfistas,

Foi publicado em 8 de Dezembro de 2016, após um acordo da USGA e da R&A, a proposta e a autorização para a criação de uma nova regra local, que elimina a penalidade de uma tacada quando a bola é acidentalmente movida no putting green.

bola-movida-no-green2

Esta regra local estará disponível para qualquer comitê de organização de torneios de golfe a partir de primeiro de Janeiro de 2017. A R&A e a USGA adotarão em todos os torneios a partir desta data.

Note que, como a regra do golfe só é revisada de quatro em quatro anos, a próxima revisão será em 2020. Desta forma, esta alteração deve acontecer através de uma regra local aplicada ao campo ou à competição.

David Rickman, Diretor Executivo da R&A disse: “Nos últimos anos, como parte da iniciativa da R&A e da USGA para a modernização das Regras do Golfe, consideramos a penalidade para uma bola acidentalmente movida no green. Ambos os Comitês de Regras concordaram que precisava ser mudado e decidiram que neste caso particular era importante agir agora, através de uma Regra Local, ao invés de esperar pelo próximo conjunto geral de revisões das Regras do Golfe”

Desta forma, foi oferecida uma sugestão para a Regra local:

“Movimento acidental de uma bola em um Putting Green”
As Regras 18-2, 18-3 e 20-1 são modificadas como segue:
Quando a bola de um jogador está no green, não há penalidade se a bola ou marcador de bola for acidentalmente movido pelo jogador, seu parceiro, seu adversário ou qualquer de seus caddies ou equipamentos.
A bola movida ou marcador de bola deve ser recolocada como previsto nas Regras 18-2, 18-3 e 20-1.
Esta regra local aplica-se apenas quando a bola ou marcador de bola do jogador se encontra no green e o movimento for acidental.
Nota: Se for determinado que a bola de um jogador no green foi movida como resultado do vento, água ou alguma outra causa natural, como os efeitos da gravidade, a bola deve ser jogada como se encontra a partir de sua nova localização. Um marcador de bola movido em tais circunstâncias deve ser recolocado.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Usar ou não usar celular no campo de golfe?

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Olá Golfistas,

O artigo de hoje trata o uso de celulares em uma partida de golfe.

Como todos sabem, o golfe é um esporte com mais de quinhentos anos, e sofre alterações com o tempo, procurando se atualizar, mas sem perder as características tradicionais básicas, que convenhamos, é o charme do esporte.

Sou a favor de manter as regras básicas de etiqueta, como traje adequado à pratica do esporte, zelar pela segurança de todos, não falar durante a tacada de outro jogador, cuidar do campo, etc…

A etiqueta no campo de Golfe é tão importante que é apresentada na primeira seção do Livro das Regras de Golfe.

Nos últimos anos temos enfrentado os avanços tecnológicos que atingem todas as áreas, inclusive os campos de golfe, com o advento de equipamentos eletrônicos e dos celulares. Muitos não entendem como conseguiram sobreviver até recentemente sem ter um celular, para fazer praticamente tudo, e acredite, até para telefonar!

nocellphone

O tema permitir ou não permitir o uso de celulares no campo de golfe é quase como religião ou política, sempre gera calorosas discussões.

No início, quando celular era raro e para poucos, nada constava nas regras de competição. Com o tempo, incluiu-se no regulamento das competições a proibição do uso do celular, cuja transgressão era punida com a desclassificação.

Os jogadores então passaram a não atender o celular, e ele ficava tocando insistentemente, perturbando a todos, e o dono não era punido, pois ele não estava usando o celular (sic!).

Mudou-se então os regulamentos para a proibição do porte de celular no campo. É claro que isso não fez sucesso. Quem ficaria responsável pelo celular enquanto o jogador estivesse no campo? E se um jogador sofresse um mal súbito e uma emergência precisasse ser acionada?

Voltaram então para a proibição do uso do celular e que o mesmo não deva distrair os outros jogadores, sugerindo que o mantivesse desligado durante a partida.

As penalidades também foram revistas, pois atualmente é consenso que na primeira ocorrência, o jogador sofreria uma advertência e no caso de reincidência, seria desclassificado. Esta determinação parece de maior consenso, pois cobre inclusive exceções, como a utilização do celular por um médico que esteja em plantão, e pode ser acionado a qualquer momento para deixar o campo.

A pergunta recorrente é o motivo de tal proibição. Para simplificar, podemos citar que seria uma grave violação a etiqueta, que no Livro de Regras cita: O jogador deveria se certificar de que qualquer dispositivo eletrônico levado para o campo não distraia os outros jogadores. A penalidade de desclassificação para esta grave violação pode ser definida pela comissão da competição, de acordo com a Regra 33-7. Outro caso, embora improvável, o jogador poderia ligar para alguém e pedir informações como deveria proceder na condução do jogo. Isso seria uma violação à Regra 8-1b (pedir conselho para alguém que não seja seu parceiro ou qualquer dos seus caddies), e consequentemente violando a Regra 14-3, por usar um dispositivo artificial para auxiliar na sua tacada, cuja penalidade seria a desclassificação.

Tenho visto algumas pessoas defenderem uma penalidade mais branda, como aplicar uma ou duas tacadas de penalidade. Infelizmente isso não é uma alternativa. A única punição permitida pelas Regras do Golfe seria a desclassificação.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Preferred Lies – Como tornar o jogo mais agradável em tempos de chuva.

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Olá Golfistas,
Em dias de muita chuva, é muito comum o campo ficar demasiadamente molhado e com lama, assim como em várias partes, sem grama e com marcas profundas.

Quando isso acontece, o jogo se torna muito mais difícil do que já é normalmente. Para esses casos, a comissão pode determinar a aplicação de uma regra local, para permitir o alívio e recolocação da bola sem penalidade.

Esta regra é conhecida como “regra de inverno”, que não necessariamente se aplica no inverno, principalmente na região sudeste do Brasil, onde o inverno é seco e o verão é chuvoso.

O Apêndice I do Livro de Regras, que trata as Regras Locais, tem em sua parte A, Item 4b o seguinte texto:

 “Lies melhorados” e “Regras de Inverno”

Condições adversas, inclusive mau estado do campo ou a existência de lama, às vezes são tão generalizadas, especialmente nos meses de inverno, que a Comissão pode decidir, por meio de uma Regra Local temporária, que seja permitido obter alívio tanto para proteger o campo como para proporcionar um jogo mais agradável e justo. Essa Regra Local deveria ser retirada assim que as condições permitirem.

preferred-lie

E como deve ser o procedimento nestes casos?

Em primeiro lugar, devo deixar claro que esta regra só se aplica se a comissão definir que esta regra está em uso, ou seja, um jogador não pode simplesmente decidir invocar “lie melhorado”. Regras de inverno não são regras Oficiais do Golfe e sim regras locais definidas pelo Livro de Regras. Outro ponto é que continua valendo a regra 25-1b, que fornece alívio quando a bola estiver em água ocasional (ex. poça de água), onde o jogador deve encontrar o primeiro ponto de alívio e “dropar” a uma distância de no máximo um taco.

No caso de “lie melhorado”, o jogador deve marcar a bola, e “recolar” a uma distância máxima de um cartão, não mais próximo da bandeira. Se ele desejar, a bola poderá ser limpa. Não há penalidade. A bola entra em jogo logo após a mesma ser recolocada, ou seja, se o jogador novamente mover a bola, ele sofrerá um stroke de penalidade por mover uma bola em jogo.

 

Até a próxima,
J. Nabuco

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O que fazer no caso de dúvida na aplicação de uma Regra?

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Olá Golfistas,

Durante um jogo de golfe, não é raro o jogador se deparar com algumas situações que ele não sabe, ou tem dúvida de como proceder ou como aplicar uma determinada regra.

Nem sempre é possível contar com a presença de um árbitro de Golfe para dirimir suas dúvidas. O que fazer nestes casos?

Em partidas stroke play (jogo por tacadas) é possível invocar a regra 3-3, que permite que o jogador jogue uma segunda bola. Veja o exemplo a seguir:

Campo

A bola de um jogador cai em uma área que, tanto ele como seus co-competidores, não têm certeza que trata-se de uma área em reparo. O Jogador pode agir da seguinte forma:

  1. Avisar aos seus co-competidores que ele vai jogar uma segunda bola, de acordo com a regra 3-3.
  2. Declarar qual das duas bolas ele quer que seja validada, caso as Regras permitir para ambas.
  3. Jogar a bola como esta.
  4. Dropar uma segunda bola de acordo com a regra 25-1b (alívio para condição anormal de terreno).
  5. Jogar até o fim do buraco com cada uma das bolas e anotar os resultados individualmente.
  6. Ao entregar seu cartão, comunicar à comissão o ocorrido, para que a mesma defina qual escore será validado.

Muito simples não? Porém, alguns pontos muito importantes sobre esta regra devem ser ressaltados:

  1. O Jogador não pode falhar em comunicar a comissão que jogou duas bolas, mesmo que o resultado para cada uma delas sejam iguais. A falha em comunicar implica em desclassificação.
  2. O Jogador deve escolher e anunciar, antes de jogar, qual bola quer que conte para ser validada. Se falhar nesta declaração, a comissão definirá que a bola original será considerada.
  3. Se ambas as bolas não são validadas pelas regras, vale a contagem com a bola original. Se ele cometeu uma falta grave com este bola, não será desclassificado e vale a segunda bola. Porém, se cometeu falta grave com as duas bolas, será desclassificado.
  4. Este regra não vale para partidas match play (jogo por buracos).
  5. Uma segunda bola jogada segundo a Regra 3-3 não é uma bola provisória segundo a Regra 27-2.

Até a próxima,
J. Nabuco

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O que são Obstruções Fixas Temporárias?

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Olá Golfistas,

Em algumas competições, principalmente as que assistimos pela televisão, é comum vermos construções temporárias como uma tenda, torres de televisão, arquibancadas, sanitários, e outras, que são construídas ou montadas apenas para aquele evento. Isso é tratado pelas Regras do Golfe no apêndice Ap.I-a-4b. Este apêndice define as TIO (Temporary Immovable Obstructions), ou Obstruções Fixas Temporárias (OFT em nosso livro em português), assim como o procedimento de alívio sem penalidade quando, entre outras situações, a TIO interfere com a linha de jogo do jogador. Note que não são obstruções tratadas pela Regra 24 e a existência das TIOs deve estar na regra local ou condição da competição para ter validade.

Ou seja, somente neste caso, é possível ter alívio de obstruções quando a mesma interfere na linha de jogo.

E como é determinado o local de drop para obter alívio de uma TIO na linha de jogo?

TIO

Em primeiro lugar, deve-se determinar o primeiro ponto onde a Obstrução Fixa Temporária não mais interfere na linha de jogo. A partir deste ponto, mede-se um taco para garantir o total alívio e marca o segundo ponto. A partir deste segundo ponto, marca-se mais um taco de distância, não mais perto da bandeira e dropa-se a bola neste intervalo (entre o segundo ponto e mais um taco). Se a bola não correr mais de dois tacos do ponto onde tocou o solo, ou não parar mais próximo da bandeira, estará em jogo.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Jordan Spieth não foi penalizado no PGA Championship

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Olá Golfistas,

Na semana passada, o profissional terceiro do mundo, Jordan Spieth, se viu envolvido em uma discussão sobre a aplicação das regras do golfe.

Tudo começou quando sua bola saiu do fairway e caiu na estrada, dentro de uma poça de água. Por segurança, ele chamou o árbitro e foi instruído como dropar, de acordo com a opção que Jordan escolheu. Veja a foto abaixo:

Jordan Spieth

Depois do drop, veja sua posição antes de bater na bola:

Jordan Spieth 2p

Qual foi a possível infração às regras que até os comentaristas da transmissão do torneio acreditavam que tinha ocorrido?

Como Jordan obteve alívio de água ocasional, obrigatoriamente o alívio tem que ser completo (Regra 20-2c). Note que ele bate a bola com a ponta do pé na água, o que significaria que ele não obteve alívio completo e seria penalizado com duas tacadas.

Porém, não foi exatamente o que aconteceu. Veja os fatos:

  • Jordan poderia ter alívio do caminho e também da água ocasional. Ele escolheu ter alívio somente da água, pois se saísse do caminho, sua tacada ficaria quase impossível.
  • Para obter alívio ele pegou o taco que pretendia usar e identificou o primeiro ponto de alívio, com o stance apropriado para a tacada.
  • Dropou a bola no intervalo de um taco, e não mais próximo da bandeira (na verdade, dropou, redropou e colocou, conforme as regras).
  • A partir deste instante, o árbitro considerou “bola em jogo”.
  • Nesta nova posição, Jordan optou por trocar o taco e trocar a forma de realizar a tacada e também o seu stance, agora com um draw para o green.
  • Desta nova situação, ele poderia novamente ter alívio, mas optou por bater a bola como estava, e com seu stance parcialmente dentro da água, de acordo com as regras.

Logo, nenhuma violação às regras foi cometida.

Esta situação está validada pela Decisão 20-2c/0.8. Veja:

Jogador obtém alívio de uma área de terreno em reparo; quando se deve re-dropar se a condição interferir para tacada com taco não usado para determinar “ponto mais próximo de alívio”

P- Um jogador encontra sua bola em um rough espesso, a cerca de 230 jardas do green. Ele escolhe um wedge para executar sua próxima tacada e nota que seu stance está sobre uma linha que define a área de um terreno em reparo. Ele determina o ponto mais próximo de alívio e dropa a bola dentro da distância de um taco desse ponto. A bola rola para um lie bom, de onde ele acredita poder jogar sua próxima tacada com uma madeira 3. Se o jogador usasse um wedge para sua próxima tacada, ele não teria interferência do terreno em reparo, mas, ao adotar um stance normal com a madeira 3, este novamente alcançaria o terreno em reparo. O jogador deve re-dropar sua bola conforme a Regra 20-2c?
R- Não. O jogador procedeu de acordo com a Regra 25-1b determinando seu ponto mais próximo de alívio usando o taco com o qual esperava executar sua próxima tacada e só seria obrigatório re-dropar conforme a Regra 20-2c se a interferência ainda existisse para uma tacada com esse taco – ver Decisão 20-2c/0.7, análoga.

Como para o jogador é vantajoso executar sua próxima tacada com outro taco, o que resulta em nova interferência da condição, ele tem a opção de jogar a bola tal como ela está ou proceder novamente conforme a Regra 25-1b.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Qual deve ser a posição correta dos rastelos de banca?

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Olá Golfistas,

Há muito tempo existe uma discussão sobre a posição do rastelo na banca. Não existe regra, mas uma consideração da USGA e da R&A que agora fazem parte do livro de Decisões das Regras do Golfe, no tópico assuntos diversos (Decision Misc. /2), onde determina que o rastelo deve ficar fora das bancas. Veja:

RakePosition

Ass Var 2: Se rastelos devem ser colocados dentro ou fora dos bunkers

P.- Os rastelos devem ser colocados dentro ou fora dos bunkers?

R.- Não há resposta perfeita quanto à posição dos rastelos, mas ao se pesar os prós e os contras, percebe-se que há menos probabilidade de um jogador obter vantagem ou desvantagem se os rastelos forem colocados fora dos bunkers.

Pode-se argumentar que há mais probabilidade de uma bola ser desviada para dentro ou para fora de um bunker se os rastelos forem colocados fora dele. Também se pode argumentar que se o rastelo estiver dentro do bunker, é improvável que ele possa desviar uma bola para fora dele.

No entanto, na prática, observa-se que os jogadores que deixam rastelos dentro dos bunkers frequentemente os deixam do lado que impede uma bola de rolar para a parte plana do bunker, o que resultaria em uma tacada muito mais difícil do que seria no outro caso. Isso é mais frequente em um campo onde os bunkers são pequenos. Quando uma bola para sobre, ou contra um rastelo dentro de um bunker e o jogador deve proceder conforme a Regra 24-1, talvez não seja possível recolocar a bola no mesmo ponto ou encontrar um ponto no bunker que não seja mais perto do buraco – ver Decisão 20-3d/2.

Se os rastelos forem deixados no meio do bunker, a única maneira de colocá-los ali seria atirá-los para dentro da bunker e isso causaria danos à sua superfície. Também, se um rastelo estiver no meio de um bunker grande, ele não seria utilizado ou o jogador seria obrigado a rastelar uma área muito grande do bunker, causando atraso desnecessário.

Portanto, depois de considerar todos estes aspectos, RECOMENDA-SE QUE OS RASTELOS SEJAM DEIXADOS FORA DOS BUNKERS, em áreas onde eles tenham menos probabilidade de afetar o movimento da bola.

Em última análise, a Comissão deve decidir onde ela quer que os rastelos sejam colocados.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Posso obter alívio se um Sprinkler estiver na linha de putting, fora do green?

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Olá Golfistas,

Hoje em dia, em praticamente todos os campos de golfe existem sistemas de irrigação, principalmente nos greens. Quando uma bola para sobre ou nas proximidades de algum ponto de irrigação, alguns golfistas tem dificuldade para aplicar corretamente as Regras do Golfe.

Veja a foto abaixo. Um ponto de irrigação encontra-se entre bola de um jogador e a bandeira, porém, a bola está fora do green.

O Jogador tem direito a alívio, sem penalidade, por ter uma obstrução na linha de putting?

Sprinkler

O ponto de irrigação, de acordo com as Definições das Regras do Golfe, é uma obstrução fixa. Assim sendo, se a bola estivesse sobre a obstrução ou ela interferisse o stance ou a área pretendida de swing, a Regra 24 determina que é permitido alívio, sem penalidade.

Por outro lado, a mesma regra informa que se a obstrução apenas estiver na linha de jogo, e a bola estiver fora do green, não é permitido alívio. Este é o caso da foto acima. Logo, a bola deve ser jogada como está.

Porém, alguns dirigentes de campos consideram que estes pontos causam transtornos aos jogadores, principalmente naqueles campos que tem os ante-greens bem aparados, onde é comum o uso de um putter para executar a tacada do ante-green.

Para contornar esta situação, é possível, de acordo com o Apêndice 4-1a-4a do Livro de Regras, criar uma Regra Local permitindo alívio sem penalidade se a bola parar em distância menor de dois tacos de um ponto de irrigação.

Veja como seria esta Regra Local:

Obstruções Fixas Próximas ao Green
“Pode-se obter alívio da interferência de obstruções fixas localizadas nos ante-greens aplicando-se a Regra 24-2.

Além disso, se a bola estiver situada fora do green, mas não dentro de um azar, e se houver uma obstrução fixa que esteja dentro da distância de até dois tacos do green e a bola estiver à distância de até dois tacos dessa obstrução fixa, o jogador pode obter alívio de sua linha de jogo como segue:
A bola deve, obrigatoriamente, ser levantada e dropada no ponto mais próximo de onde se encontrava, que (a) não seja mais perto do buraco, (b) evite a interferência e (c) não seja em um azar ou no green.

Também é possível obter alívio conforme esta Regra Local se a bola do jogador estiver no green e uma obstrução fixa dentro de uma distância de até dois tacos do green interferir com sua linha de putt. O jogador pode obter alívio como segue:
A bola deve, obrigatoriamente, ser levantada e colocada no ponto mais próximo de onde se encontrava que (a) não esteja mais perto do buraco, (b) evite a interferência e (c) não esteja em um azar.

A bola poderá ser limpa ao ser levantada.”

Sempre consulte as regras locais do campo onde estiver jogando. Se esta regra estiver presente, você poderá obter alívio, sem penalidade.

Até a próxima,
J. Nabuco

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