Archive for category Golfe AESJ

Como obter alívio de obstrução fixa?

No nosso campo, na raia 9, temos próximo ao lago uma construção que é determinada como obstrução fixa. Esta construção fica bem próxima ao lago e veja abaixo onde a bola de um jogador parou.

Drop

Conforme determina a regra, o jogador deve proceder da seguinte forma:

Com o taco que seria usado para dar a tacada, testar e encontrar o primeiro ponto de alívio, não mais próximo da bandeira. Note que muitos jogadores se esquecem deste detalhe: é o primeiro ponto de alívio e não um ponto de alívio qualquer. Este ponto de alívio é aquele que sua tacada pode ser realizada sem a interferência do obstáculo em questão, tanto no stance quanto no swing. Note também que é em relação ao obstáculo em questão e não de outro obstáculo que possa estar perto.

Bom, com este ponto definido, marca-se o ponto (por exemplo, com um tee) e a partir deste ponto mede-se um taco de distância, e não mais próximo da bandeira (agora, para medir pode ser usado qualquer taco). A bola deve ser dropada, com o braço esticado e na altura do ombro e ela deve ser deixada cair (sem que seja forçada ou com movimento de rotação). Não é necessário estar olhando para a bandeira (isso é mais um mito do golfe). Se a bola rolar para mais perto da bandeira, ou rolar mais de dois tacos do ponto onde ela tocou o solo ou se ela voltar para o ponto onde estava sendo feito o alívio, ela deve ser re-dropada. Se mais uma vez qualquer das situações acima ocorrer, a bola deve ser colocada.

Mais algumas observações:

  • Depois de dropada a bola conforme a regra, pode-se usar qualquer taco para executar a tacada (não é necessário usar aquele utilizado para encontrar o ponto de alívio).
  • Não é necessário marcar a posição original da bola, mas ela só pode ser retirada depois de marcado o primeiro ponto de alívio.
  • A bola dropada, se atender as condições da regra, está em jogo e mesmo se parar dentro de um divot, não pode ser re-dropada.
  • Se após o drop, a bola parar em um ponto onde outra obstrução interfere o swing ou o stance, todo o procedimento deve ser refeito para esta nova posição.

Note que no caso desta foto, a bola pode parar bem para dentro do Fairway, melhorando e muito a situação da tacada. Que ótimo. O jogador está levando vantagem? Não! Este é um típico exemplo de como o entendimento das regras e sua boa aplicação, em alguns casos podem ajudar o jogador!

Até a próxima,
J. Nabuco

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Áreas de Drope (Dropping Zones)

Sou um crítico fervoroso de uso indiscriminado de áreas de drope, principalmente quando elas são feitas por desconhecimento das regras de “como dropar”.

Vejamos no caso de nossa raia 3, próximo ao green. Foi criado uma área de drop, para ser utilizada quando a tacada for prejudicada pela tela de proteção ao final do green.

Bom, neste caso, como deveria ser o drope de alívio? Simples, um taco de distância do primeiro ponto de alívio (não medindo através do obstáculo – nossa regra local) e não mais próximo da bandeira. O que acontece é que existe uma banca neste ponto e é sabido que o drop não pode ser feito dentro de um azar ou no green. O que fazer? Basta procurar o “primeiro ponto de alívio” não mais próximo da bandeira, cujo drope não caia na banca, que pode ser à direita ou à esquerda do green, dependendo da posição da bandeira.

Aproveitando, vamos falar um pouco sobre áreas de drope. A simples criação das mesmas não definem por si só o seu uso. Conforme o anexo I, parte A, item 6 das regras de golfe, Áreas de Drope são áreas especiais onde as bolas podem ou devem ser dropadas, quando não for possível ou praticável proceder exatamente em conformidade com a regra de obstrução fixa, condições anormais de terreno, green errado, azares de água e azares laterais de água ou bola injogável. No mesmo anexo, na parte B, item 8, o livro sugere o modelo da regra local que deve ser usada para área de drope e nela fica claro que o uso da área de drope é opcional.

Desta forma, mesmo existindo uma área de drope na raia 3 e se a regra local for omissa, podemos optar por dropar conforme a regra 24 (Obstruções).

Use as regras para ter um jogo mais prazeroso.

Até a próxima.

J. Nabuco

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Bola no lago da Raia 9 ou bola perdida?

Em nosso campo, sempre existe uma calorosa discussão quando alguém bate uma bola do tee da raia 9/18 e ela vai em direção ao lago.

Posso considerar que caiu no lago e aplico as regras de drop de azar lateral de água ou é bola perdida e deve-se bater outra bola do tee?

Bem complicado mesmo.

Veja o artigo do John Byers:

Antes de tudo, quero ressaltar uma importante mudança nas Regras de Golfe versão 2008 – 2011: antigamente para a bola ser considerada perdida num azar de água, era necessário ter “evidência razoável” do que ela estava dentro do mesmo. A partir de janeiro de 2008, para uma bola ser considerada perdida dentro do azar de água, deve ser “conhecido ou virtualmente assegurado” que a bola está dentro do azar.

Muitos vão perguntar: qual é a diferença? De acordo com as novas regras, para ter absoluta certeza do que a bola esteja perdida dentro do azar, ou é preciso encontrar a bola dentro do azar; ou é necessário ter testemunho do que a bola entrou (e não saiu) dele; ou, ainda, deve haver a clara impossibilidade de a bola estar em outro lugar a não ser dentro do azar. O jogador não pode presumir que sua bola esteja dentro do azar simplesmente porque existe a possibilidade da bola estar dentro do azar. Se não houver este “conhecimento” de que a bola está no azar de água, a bola está perdida e o jogador tem que repetir a tacada do local anterior, com penalidade de tacada e distância (Regra 27 -1).

Agora veja a regra no original em inglês:

26-1. Relief for Ball in Water Hazard
It is a question of fact whether a ball that has not been found after having
been struck toward a water hazard is in the hazard. In the absence of
knowledge or virtual certainty that a ball struck toward a water hazard, but
not found, is in the hazard, the player must proceed under Rule 27-1.
If a ball is found in a water hazard or if it is known or virtually certain that a
ball that has not been found is in the water hazard
(whether the ball lies in
water or not), the player may under penalty of one stroke:
a. Proceed under the stroke and distance provision of Rule 27-1 by playing ….

Ou seja, ainda existe para o meu entendimento, que a área perto do lago está limpa e a bola não foi encontrada, existe então “a clara impossibilidade de a bola estar em outro lugar a não ser dentro do azar”. Quero dizer que em alguns casos (como nossa raia 9) não é “uma possibilidade a bola estar na água” e sim uma “impossibilidade dela estar fora” considerando a direção que ela tomou e a facilidade de encontrar caso esteja na raia 1.

No próprio artigo do John Byers ele sugere entre outras coisas (ter um forecaddie, limpar as áreas ao redor dos lagos, cortar o rough, etc…) para evitar dúvidas. Ele também fala que em muitos torneios os árbitros decidem por optar por bola perdida, que a meu ver é uma solução muito simplista, não analisando a fundo as regras.

Bom, isso é golfe: 34 regras e muita conversa…

Até a próxima,

J. Nabuco

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Sugestão para o novo Handicap Stroke do campo da AESJ

Como já é de conhecimento de todos, nosso campo foi medido para retratar a atual condição de distâncias.O Handicap Stroke de cada buraco não foi modificado e por isso tomei a liberdade de estudar um pouco sobre o assunto e sugerir uma modificação, conforme tabela abaixo. Somente os buracos 2/11, 9/18, 3/12 e 1/10 sofreriam alterações. Cabe notar que por modelo de simplicidade, optei por manter o buraco 8/17 como o segundo mais fácil do campo, embora os números não corroborem esta afirmação, mas será mais fácil o processo de implementação.
Foi utilizado o resultado de mais de 3.500 cartões digitados este ano. Sugestão de cálculo fornecido pela USGA. Fiz algumas adaptações usando diferenças em percentual, e também aplicando média aritmética, que achei matematicamente mais correto.
Hole Par Bogey Results Scratch Results Diff Diff % NEW Handicap Stroke Current Handicap Stroke Diff % Average Diff Average
16 4 5,41 4,49 0,92 20,5% 1 1 20,9% 0,935
7 4 5,39 4,44 0,95 21,4% 2 2
15 4 5,25 4,4 0,85 19,3% 3 3 18,7% 0,825
6 4 5,21 4,41 0,8 18,1% 4 4
14 4 5,25 4,49 0,76 16,9% 5 5 18,5% 0,82
5 4 5,28 4,4 0,88 20,0% 6 6
11 5 6,23 5,21 1,02 19,6% 7 13 18,6% 0,98
2 5 6,28 5,34 0,94 17,6% 8 14
18 4 4,83 4,07 0,76 18,7% 9 11 18,0% 0,735
9 4 4,82 4,11 0,71 17,3% 10 12
12 4 4,96 4,29 0,67 15,6% 11 9 15,4% 0,66
3 4 4,94 4,29 0,65 15,2% 12 10
10 4 4,83 4,23 0,6 14,2% 13 7 14,9% 0,63
1 4 4,86 4,2 0,66 15,7% 14 8
17 3 3,81 3,18 0,63 19,8% 15 15 17,7% 0,565
8 3 3,7 3,2 0,5 15,6% 16 16
13 3 3,89 3,42 0,47 13,7% 17 17 14,6% 0,49
4 3 3,83 3,32 0,51 15,4% 18 18

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Como o Handicap é calculado?

Simplificando para o nosso campo, para cada cartão, são feitos os seguintes cálculos:

Corrigir o valor “Gross” de cada buraco usando a tabela ESC (Equitable Stroke Control)

Handicap Máximo Score em qualquer buraco
9 ou menos Double Bogey
10 a 19 7
20 a 29 8
30 a 39 9
mais de 40 10

Somar todos os buracos para termos o Total Gross Ajustado.

Calcular o valor do Diferencial do cartão:

Diferencial = (Total Gross Ajustado – 66,5 ) * 113 / 124

Agora com a tabela de todos os últimos 20 cartões e seus respectivos valores de diferenciais, separar os menores 10 diferenciais.

Calcular a Média. (Soma estes diferenciais e divide por 10)

Aplicar o fator de excelência: Média * 0,96

Truncar para uma casa decimal e este será o Handicap Calculado

Calcular o valor de redução de Torneio e subtrair do Handicap Calculado

e este será o HANDICAP INDEX

OBS: Para calcular a redução de torneio, utiliza-se a tabela de elegíveis para torneio (resultados de torneios disputados nos últimos 12 meses ou os seus últimos 20 resultados independentemente da data em que foi jogado), anota a quantidade de cartões e separa os dois melhores resultados.

Se o índex já calculado, menos o segundo melhor diferencial do Torneio for maior que 3, utiliza-se a Tabela de Redução de Handicap (anexa) para encontrar o valor a ser reduzido do índice calculado.

OBS: Se o jogador não tiver 20 cartões para o cálculo de seu índex, utiliza-se a Tabela de Aproveitamento de Diferenciais (anexa).

Tabela de Redução de Handicap

Número de T-Scores válidos
Index menos Média 2 melhores DIF’s de Torneio 2 3 4  5-9  10-19 20-29 30-39 >= 40
3.0 a 3.4 * * * * * * * *
3.5 a 3.9 * * * * * * * *
4.0 a 4.4 1 * * * * * * *
4.5 a 4.9 1.8 1 * * * * * *
5.0 a 5.4 2.6 1.9 1 * * * * *
5.5 a 5.9 3.4 2.7 1.9 1 * * * *
6.0 a 6.4 4.1 3.5 2.8 1.9 1 * * *
6.5 a 6.9 4.8 4.3 3.7 2.9 2 1 * *
7.0 a 7.4 5.5 5.0 4.5 3.8 3 2.1 1 *
7.5 a 7.9 6.2 5.7 5.3 4.7 3.9 3.1 2.2 1
8.0 a 8.4 6.8 6.4 6 5.5 4.8 4.1 3.2 2.2
8.5 a 8.9 7.4 7.1 6.7 6.2 5.7 5 4.2 3.3
9.0 a 9.4 8.1 7.8 7.4 7 6.5 5.9 5.2 4.4
9.5 a 9.9 8.7 8.4 8.1 7.7 7.3 6.7 6.1 5.4
10.0 a 10.4 9.2 9.0 8.8 8.4 8 7.6 7 6.4
10.5 a 10.9 9.8 9.5 9.4 9.1 8.7 8.3 7.8 7.2
11.0 a 11.4 10.4 10.2 10 9.7 9.4 9.1 8.6 8.1
11.5 a 11.9 11.0 10.8 10.6 10.4 10.1 9.8 9.4 8.9
12.0 a 12.4 11.5 11.4 11.2 11 10.7 10.5 10.1 9.7
12.5 a 12.9 12.1 11.9 11.8 11.6 11.4 11.1 10.8 10.5
13.0 a 13.4 12.6 12.5 12.4 12.2 12 11.8 11.5 11.2
13.5 a 13.9 13.2 13.1 12.9 12.8 12.6 12.4 12.2 11.9
14.0 ou mais 13.7 13.6 13.5 13.4 13.2 13.0 12.8 12.6
Tabela de Aproveitamento de Diferenciais
Nº de cartões entregues Qtde de diferenciais aproveitados
5 a 6 1 (o melhor)
7 a 8 2 melhores
9 a 10 3 melhores
11 a 12 4 melhores
13 a 14 5 melhores
15 a 16 6 melhores
17 7 melhores
18 8 melhores
19 9 melhores
20 10 melhores

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AESJ – Como “dropar” quando a bola cai no lago lateral da Raia 1?

Existem 4 opções para dropar a bola que caiu no azar de água lateral da raia 1:

1- Dropar a bola o mais próximo possível de onde ela estava antes de ser atirada na água.

2- Dropar dentro do limite de dois tacos do ponto onde a bola entrou no azar, não mais perto da bandeira.

3- Dropar sem limite de distância para trás do ponto onde a bola entrou no azar e mantendo uma linha reta entre este ponto e a bandeira. (provavelmente na raia 9)

4- Dropar dentro do limite de dois tacos de um ponto equidistante de onde a bola entrou no azar, em relação à bandeira, do outro lado do lago (neste caso, na raia 9).

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