Posts Tagged Regras de golfe

Quando uma bola é considerada perdida?

Um erro comum entre os jogadores é eles acreditarem que podem declarar uma bola perdida. Ele pode declarar uma bola injogável, mas perdida nunca.

Veja a seguinte situação:

O jogador procura sua bola por dois minutos e “declara” que está perdida e volta ao ponto onde bateu a bola pela última vez, para recolocar outra bola em jogo, pagando a penalidade de uma tacada (conhecido como stroke and distance). No seu caminho de volta, o seu caddie encontra a bola e grita para o jogador. Ele pode se recusar a usar sua bola original, uma vez que ele já declarou como perdida e bater outra bola?

A resposta é NÃO. Ele deve voltar até sua bola original, identificá-la e continuar o jogo com esta bola. Esta situação está bem clara na Decisão 27/16.

É claro, que depois de identificada, ele pode declarar como injogável e neste caso optar por voltar ao último ponto onde efetuou a tacada, de acordo com a Regra 28.

Outra situação é quando ele bate uma bola provisória (antes de ir procurar sua bola) e quando ele encontra a bola original, descobre que está em uma posição muito difícil e então quer declarar “perdida” para poder continuar usando a bola provisória. É claro que também não pode.

Vejamos então, quando a bola é realmente considerada perdida:

– Quando o jogador procura por cinco minutos, a partir do momento que começou a procurá-la e não encontra.

– Quando realiza uma tacada com a bola provisória do provável local onde poderia estar a bola original ou de um local mais próximo da bandeira.

– Quando o jogador coloca outra bola em jogo sob penalidade de tacada e distância, de acordo com as Regras 26-1a (Azar de água), 27-1 (Bola Perdida) ou 28-a (Bola Injogável).

– Quando coloca outra bola em jogo porque é conhecido ou virtualmente assegurado que não foi encontrada por ter sido movida por agente externo (Regra 18-1), por estar em uma obstrução (Regra 24-3), em uma condição anormal do terreno (Regra 25-1c) ou em um azar de água (Regra 26-1b ou c).

– Quando o jogador der a tacada em uma bola substituta.

Logo, se você estiver em uma situação onde bateu uma bola e tem certeza que se encontrar vai ficar muito ruim de bater daquele local, não bata uma bola provisória, simplesmente coloque outra bola em jogo, sem anunciar “bola provisória” e pague uma tacada de penalidade.

Até a próxima,
J. Nabuco

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O que vai mudar nas Regras do Golfe em 2016?

A cada 4 anos os conselhos da USGA (United States Golf Association) e da R&A (Royal and Ancient Golf Club of St Andrews) se reúnem e preparam as modificações nas regras para o próximo quadriênio.

O que já está certo para 2016-2019 é a Regra 14-1b. Esta nova regra trata da forma em que o taco é apoiado no corpo ao executar uma tacada. Situação que ocorre principalmente ao usar os famosos putters longos ou Belly Putters.

Veja como será a regra:

14-1b Anchoring the Club
In making a stroke, the player must not anchor the club, either “directly” or by use of an “anchor point.”
Note 1: The club is anchored “directly” when the player intentionally holds the club or a gripping hand in contact with any part of his body, except that the player may hold the club or a gripping hand against a hand or forearm.
Note 2: An “anchor point” exists when the player intentionally holds a forearm in contact with any part of his body to establish a gripping hand as a stable point around which the other hand may swing the club.

Em uma tradução livre, temos que não mais será permitido, ao executar uma tacada, apoiar o taco no corpo, seja diretamente o taco ou usando um ponto de apoio. “Diretamente” significa apoiar o taco ou o grip no corpo, exceto se for no antebraço. “Ponto de apoio” seria o caso de manter o antebraço junto ao corpo como apoio ao fazer o swing.

Veja que essa regra não transforma os Putters longs em ilegais para o jogo, como muito se tem falado nos últimos anos, e sim a forma que estes devem ser usados.

Mas o que está por trás disso? Por que esta nova regra?

Nos últimos trezentos ou quatrocentos anos o jogo de Golfe tem sido um desafio de concentração e habilidades. O conceito de “swing” não pode ser alterado. E este conceito preserva o fato de um movimento livre com o taco, afastado do corpo. Um balanço. Uma habilidade desenvolvida.

Ao usar um ponto de apoio esse movimento de swing fica completamente descaracterizado, e portanto deve ser evitado.

Veja abaixo alguns exemplos do que será proibido:

Proibido03  PROHIBITED: The club is intentionally in contact with the player’s body.

PROHIBITED: The club is intentionally anchored against the player’s body.  Proibido04

E veja como uso do putter longo ou Belly será permitido. Note que nem o taco nem o antebraço ficam como ponto de apoio:

Permitido05  PERMITTED: Traditional grip with mid-length putter.

Por enquanto, ou seja, até o dia 31/12/2015 essas alterações ainda não estão válidas e nenhuma penalidade pode ser aplicada. Porém, para os jogadores que fazem uso destes Putters e desta forma de swing, esta informação é muito importante para eles começarem a treinar de forma diferente, em acordo com a futura regra.

A penalidade para infração a esta nova regra será de duas tacadas em jogos stroke play e perda do buraco em jogos match play.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Bola enterrada na área do tee. Tem alívio sem penalidade?

Voltando a falar sobre bola enterrada no próprio pique, veja o caso abaixo:

A primeira tacada, batida a partir do tee, bate em uma árvore e volta para a área do tee, enterrando em seu próprio pique.

E agora, têm alívio de acordo com as regras?

Sim! Apesar das Regras do Golfe não contemplar esta situação, ou seja, a regra 25-2 (bola enterrada no próprio pique) fala que em área de grama cortada rente ao chão e “através do campo”, é permitido alívio. Lembrando: “através do campo” é toda a área do campo menos a área do tee e o Green do buraco que está sendo jogado e os azares. Mas por equidade, Regra 1-4, como não está claramente definido nas regras, o jogador pode obter alívio sem penalidade e deve seguir a regra de 25-2. Isto está determinado pela Decision 25-2/8.

Vale notar que o mesmo procedimento vale para a Regra 24-1b, que permite ao jogador obter alívio sem penalidade, se sua bola estiver sobre ou dentro de uma obstrução móvel. Nesta regra também não está contemplada a área do tee do buraco que estiver jogando para obter alívio, mas pela mesma razão, terá alívio sem penalidade.

Será que eles acham que é mesmo impossível bater um drive e a bola voltar ao mesmo tee? Acho que eles não me conhecem…

Até a próxima,
J. Nabuco

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Bola no rough com direito a alívio. Posso dropar no Fairway?

Minha bola caiu em um terreno em reparo no rough. O primeiro ponto de alívio é no Fairway. Posso dropar no Fairway?

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Se o primeiro ponto de alívio for no Fairway, a resposta não é “pode”, e sim “deve”. Vamos ver a regra 25-1b que trata de alívio em condição anormal de terreno (lembra que “terreno em reparo” é uma “condição anormal do terreno”?):

Regra 25-1b. Exceto se a bola estiver em um azar de água ou azar lateral de água, o jogador poderá obter alívio da interferência de uma condição anormal do terreno, como se segue:
(i) Através do Campo: Se a bola estiver localizada através do campo, o jogador deve, sem penalidade, levantá-la e dropá-la dentro da distância de um taco e não mais perto do buraco que o ponto mais próximo de alívio. Este não pode estar no azar ou em um Green. Se a bola for dropada dentro da distância de um taco do ponto mais próximo de alívio, deve atingir o solo primeiro, em um local do campo que evite a interferência causada pela condição e que não esteja dentro de um azar nem em um Green.

Note que a regra fala claramente que o primeiro ponto de alívio não pode ser em um azar ou no Green, logo pode ser no Fairway. A bem da verdade, para as regras de golfe, não há diferença entre Fairway ou rough (a não ser no caso de bola enterrada em seu próprio pique, como já explicado em post anterior: Bola perdida é bola perdida.), tudo é “através do campo”.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Bola perdida é bola perdida.

Nesses dias de chuva, é comum o campo ficar molhado e a bola enterrar em seu próprio pique e os jogadores fazerem uso das regras para ter alívio e dropar a bola, sem pagar penalidade.

Porém, um amigo me contou que sua bola, após uma boa tacada, caiu bem no meio do Fairway e todos os jogadores que estavam com ele confirmaram. Ao chegar ao suposto local onde a bola deveria estar, não a encontraram, mas o terreno estava macio devido à forte chuva do dia anterior. Eles consideraram que a bola tinha enterrado em seu próprio pique e apelaram para a Regra 25-2 para colocar outra bola em jogo, sem penalidade.

Vamos ver o que fala a regra:

Regra 25-2 – Bola Enterrada
Uma bola enterrada no solo, em seu próprio pique, em qualquer área de grama cortada rente ao chão através do campo, pode ser levantada, limpa e dropada sem penalidade, tão perto quanto possível do ponto onde a bola se encontrava, porém não mais perto do buraco. Ao cair, a bola deve primeiro tocar o solo através do campo. “Área de grama cortada rente ao chão” significa qualquer área do campo com a grama cortada como a do Fairway, ou mais baixa, inclusive caminhos no rough.

Nada na regra permite ao jogador ter alívio por pensar que a bola esteja enterrada, sem primeiro identificá-la.

Neste caso, não encontrando a bola, deve ser tratada como bola perdida, Regra 27-1, e dropar a bola próximo ao local onde deu a última tacada e pagar uma penalidade (stroke and distance).

Essa confusão com as regras dá-se por misturar esses conceitos com a Regra 25-1c, que permite alívio para bola não localizada em Condição Anormal de Terreno. Isso quer dizer que se houvesse água ocasional no local onde a bola caiu, seria considerado Condição Anormal de Terreno e mesmo sem encontrar a bola, teria direito a alívio, dropando uma outra bola no ponto mais próximo por onde a bola entrou, não mais próximo da bandeira.

Como não tinha água ocasional e meu amigo não fez o procedimento correto, ele deveria ser penalizado com duas tacadas, e se a comissão considerasse que com essa falha ele teve uma vantagem excessiva, deveria ser desclassificado.

Aproveitando a mesma Regra 25-2, ela define que só tem alívio se a bola estiver enterrada em seu próprio pique em qualquer área cortada rente ao chão, através do campo. Isso não inclui rough por exemplo. Dependendo da situação do campo, é possível fazer uma regra local para permitir alívio sem penalidade em qualquer local através do campo (todas as áreas exceto: o Green e a área do tee do buraco que está sendo jogado e todos os azares do campo). Isso é uma fonte de confusão, pois os que assistem torneios da USGA pela televisão acreditam que está na regra a permissão de alívio com a bola enterrada no rough. O que na verdade acontece é que sempre existe uma regra local para esses torneios permitindo o drop. Se não estiver na regra local, não é permitido o drop de bola enterrada no rough.

Ainda sobre bola enterrada, veja a figura abaixo:

BolaEnterrada

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Bola Enterrada.

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Bola Enterrada.

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Bola Não Enterrada.

A bola só é considerada enterrada, quando parte ou toda ela estiver abaixo da linha do nível do solo, mesmo que não esteja tocando o solo, como na figura do meio. A última figura, mesmo abaixo da grama, não está abaixo da linha do solo, logo não pode ser considerada enterrada.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Valeta de drenagem não marcada. Posso dropar?

Não é muito incomum encontrarmos nos campos de golfe, valetas e depressões feitas para drenar a água da chuva. Essas áreas são geralmente marcadas como terreno em reparo, e logo, de acordo com a Regra 25, tem direito a alívio sem penalidade.

Porém, também não muito incomum, encontramos estas valetas sem marcação. E agora, o que fazer?

Ditch

É de responsabilidade da comissão (de acordo com a regra 33-2a) definir corretamente:
(i) o campo e o fora de campo
(ii) as margens dos azares de água e dos azares laterais de água,
(iii) o terreno em reparo,
(iv) as obstruções e tudo aquilo que é parte integrante do campo.

No caso em questão, se ela falhar em marcar uma valeta, ela é considerada, de acordos com as Definições, um Azar Lateral de Água, tendo ou não tendo água dentro, e o procedimento deve ser feito de acordo com a regra 26-1c(i) – Azares de Água. Ou seja, não tem drop sem penalidade.

Gostaria de aproveitar e relatar aqui, após algumas consultas, que a comissão ao declarar uma valeta de drenagem, que é um azar de água por definição, como terreno em reparo, altera as características do campo. Essa alteração pode até influenciar o course rating e o slope rating do campo, alterando assim o handicap dos jogadores neste campo. Se quando o campo foi medido pela federação essa determinação não existia, talvez seja necessária uma nova medida.

Resumindo, alterações no campo, mesmo de acordo com as regras, devem ser feita à luz de planejamento e orientações dos órgãos reguladores.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Após drop, a bola pode rolar até dois tacos de distância. Qual taco?

dois tacos

Veja a seguinte situação:

Bola pára próxima a uma obstrução fixa, na qual o jogador tem direito a drop, sem penalidade, a uma distância de até um taco do ponto mais próximo de alívio, não mais próximo da bandeira. Ele mede com o driver, marca e dropa. A bola rola e cai em um lie não muito bom. Ele pega seu putter e mede a distância até a bola, a partir do ponto onde ela tocou o solo no drop e constata que rolou mais de dois tacos. Pelas regras, ele pode refazer o drop. Está correto?

Você já sabe, conforme colocado em posts anteriores, que o jogador deve medir o ponto de alívio com o taco que faria a tacada, caso a condição não existisse e usaria qualquer taco para medir distância (um ou dois tacos, conforme a regra em questão).

Se a bola rolar mais que dois tacos, ele deve re-dropar.

O problema aqui é que ele usou outro taco para medir a distância que a bola rolou. Isso não é permitido pela Decision 20/1: “O Jogador deve continuar usando o mesmo taco usado originalmente para medir a distância, em todas as medidas para uma dada situação”.

Logo, ele deve usar também o driver para verificar se a bola rolou mais que dois tacos. Se não rolou mais que dois “drivers” neste caso, a bola estará em jogo e ele não tem direito a re-drop.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Juntando as peças do quebra-cabeça chamado Campo de Golfe.

Quando pegamos o Livro de Regras do Golfe para procurar alguma regra e ter a correta ação para uma determinada situação, nos deparamos com termos que, se não estivermos bem calçados no conhecimento da sua definição, poderemos ter uma interpretação equivocada do conceito da regra. Por exemplo, se você não souber exatamente o que é “através do campo”, certamente ficará em dúvida quando ler a regra que define o alívio de uma obstrução fixa “através do campo”.

De acordo com as regras, podemos classificar o campo de golfe em diversas partes, e para cada existe uma definição. Existe também definição para um conjunto de partes.

Para que serve isso?

O bom entendimento dessas definições ajuda e muito a interpretação das regras, pois, dependendo onde a bola se encontra, diferentes regras regem as situações, ações ou imposições de penalidades. Vamos ver algumas delas.

Através do Campos (Through the Green)

O que é “através do campo” (Through the Green)?
Pela definição do Livro de Regras, “através do campo” é toda área do campo de jogo, exceto: a área do tee e o Green do buraco que está sendo jogado; e todos os azares de campo.

Também estão no livro de regras as definições de “Área do Tee”, “Green” e os “Azares”. Note então, que “através do campo” é na verdade o conjunto formado pelo fairway e pelo rough. Entretanto, as palavras “rough e “fairway” ironicamente só aparecem apenas uma vez no Livro de Regras! Justo quando vai definir o que é “área de grama cortada rente ao solo” – para permitir alívio de bola enterrada no próprio pique.

Condição Anormal do Terreno (Abnormal Ground Condition)

O que é “condição anormal do terreno” (Abnormal Ground Condition)?
É qualquer água ocasional, terreno em reparo ou buraco, detrito ou trilha feita por animal lurador, réptil ou pássaro.

O que é “água ocasional” (Casual Water)?
É qualquer acúmulo temporário de água no campo, que não esteja dentro de um azar de água e que seja visível antes ou depois de o jogador tomar seu stance. Neve e gelo natural são água ocasional ou impedimentos soltos, à opção do jogador. Gelo fabricado é uma obstrução. Orvalho e geada não são água ocasional.

O que é “terreno em reparo” (Ground Under Repair)?
É qualquer parte do campo demarcada como tal por ordem da Comissão ou assim classificada por seu representante autorizado. Qualquer terreno, grama, arbusto, árvore ou qualquer coisa em crescimento dentro de um terreno em reparo faz parte do mesmo. Terreno em reparo inclui material acumulado para remoção mesmo que não esteja demarcado como tal.

Obstrução Móvel x Impedimento Solto (Obstruction x Loose Impediments)

Também é muito comum confusões sobre estas duas categorias, e é muito importante termos clareza no entendimento da definição para a perfeita identificação do objeto e assim procedermos de acordo com a Regra que a rege.

Como regra geral “Impedimentos Soltos” são objetos naturais (folha, pedra solta, fruta, etc…), que não estão fixos ou em crescimento, ou aderindo na bola; e “Obstruções Moveis” são objetos artificiais (garrafa de água, tee quebrado, cigarro, etc…), que podem ser movidos facilmente.

Por exemplo, em uma banca você pode retirar uma obstrução móvel, mas não pode retirar um impedimento solto.

Para maiores explicações, consulte as Definições no Livro de Regras do Golfe.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Posso efetuar um redrop após o drop de uma bola injogável voltar para o mesmo ponto?

O jogador declara bola injogável. Ele opta por dois tacos de distância e dropa a bola. A bola rola e pára no mesmo local que ele tinha declarado injogável.

Vamos relembrar a regra 28 – Bola Injogável:

Em qualquer parte do campo, exceto em um azar e água, o jogador pode declarar sua bola injogável e proceder de uma das seguintes formas, pagando uma tacada de penalidade:

  1. Dropar a bola o mais próximo possível de onde deu sua última tacada,
  2. Dropar a bola na linha imaginária formada pela bandeira e o ponto onde parou a bola, o quando quiser para trás.
  3. Dropar a dois tacos de distância do ponto onde a bola parou, não mais próximo da bandeira.

Até aí tudo bem, não é? Agora, a Regra 20-2c que define quando redropar não cita o caso da bola parar em local injogável, mesmo se for o mesmo local do qual você considerou injogável para executar o procedimento de drop. Logo, a bola estará em jogo e o redrop não é permitido. De acordo com a Decision 28/3, o jogador pode decidir por bater de onde a bola parou ou apela novamente para a regra 28, considerando injogável, pagando uma penalidade e escolher onde dropar.

Note que é diferente de um drop quando, por exemplo, estamos tendo alívio de uma obstrução fixa. Neste caso, se a bola voltar para o ponto onde estava, o jogador tem direto ao re-drop.

Quais são então as condições que devo redropar? Veja na Regra 20-2c:

Regra 20-2c. Quando Redropar
Uma bola dropada deve ser redropada sem penalidade, se:
(i) rolar para dentro de um azar e parar;
(ii) rolar para fora de um azar e parar;
(iii) rolar para um Green e parar;
(iv) rolar para fora do campo e parar;
(v) rolar para uma posição em que há interferência da situação que se quis evitar, de acordo com a Regra 24-2b (obstrução fixa), Regras 25-1 (condições anormais de terreno), Regra 25-3 (Green errado) ou uma Regra Local (Regra 33-8a) ou rolar de volta para seu pique, de onde foi levantada conforme a Regra 25-2 (bola enterrada);
(vi) rolar e ficar a mais de dois tacos de distância do ponto do campo no qual tocou pela primeira vez; ou
(vii) rolar e ficar mais perto do buraco que:
(a) a sua posição original ou estimada (ver Regra 20-2b), a menos que as Regras permitam; ou
(b) o ponto mais próximo de alívio máximo disponível (Regras 24-2, 25-1, ou 25-3); ou
(c) o ponto em que a bola original cruzou a margem do azar de água ou azar lateral de água pela última vez (Regra 26-1).

Até a próxima,
J. Nabuco

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Procurando bola na árvore, jogador provoca sua queda. Qual o procedimento?

Após uma tacada, a bola do jogador vai na direção de uma árvore. Quando o jogador tenta encontrá-la, ao balançar um galho da árvore, a bola cai ao solo. Existe penalidade? Como proceder?

Neste caso, o jogador incorre na penalidade de uma tacada por mover a bola em jogo e a bola deve ser recolocada. (Note que não haveria penalidade se a queda da bola fosse ocasionada por seu oponente ou competidor, se este estivesse ajudando a encontrar a bola.)

Caso o jogador não saiba exatamente onde estava a bola, ou ao tentar recolocar a bola não pára no local, ele deve escolher um ponto na árvore o mais próximo possível.

Mas e se ele não conseguir subir na árvore para colocar a bola? Neste caso, de acordo com a Decision 18-2a/29 ele deve proceder de acordo com a regra 28 (bola injogável) o que implica em adicionar mais uma tacada de penalidade.

Por isso, cuidado ao procurar uma bola perdida.

Falando em bola na árvore, se o jogador ao procurar sua bola avistar uma bola na árvore, ele é obrigado a identificá-la, para provar que é sua. Se ele vai optar por bola injogágel, antes de tentar identificá-la ele deve anunciar que esta será sua opção, caso seja sua bola. Desta forma ele pode subir na árvore, balançar o galho, atirar um taco ou qualquer coisa para a bola cair e assim seja possível identificá-la, sem pagar nenhuma penalidade por esse ato.

Até a próxima,
J. Nabuco

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