Archive for dezembro, 2016

REGRA LOCAL: Movimento acidental da bola no putting green

Olá Golfistas,

Foi publicado em 8 de Dezembro de 2016, após um acordo da USGA e da R&A, a proposta e a autorização para a criação de uma nova regra local, que elimina a penalidade de uma tacada quando a bola é acidentalmente movida no putting green.

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Esta regra local estará disponível para qualquer comitê de organização de torneios de golfe a partir de primeiro de Janeiro de 2017. A R&A e a USGA adotarão em todos os torneios a partir desta data.

Note que, como a regra do golfe só é revisada de quatro em quatro anos, a próxima revisão será em 2020. Desta forma, esta alteração deve acontecer através de uma regra local aplicada ao campo ou à competição.

David Rickman, Diretor Executivo da R&A disse: “Nos últimos anos, como parte da iniciativa da R&A e da USGA para a modernização das Regras do Golfe, consideramos a penalidade para uma bola acidentalmente movida no green. Ambos os Comitês de Regras concordaram que precisava ser mudado e decidiram que neste caso particular era importante agir agora, através de uma Regra Local, ao invés de esperar pelo próximo conjunto geral de revisões das Regras do Golfe”

Desta forma, foi oferecida uma sugestão para a Regra local:

“Movimento acidental de uma bola em um Putting Green”
As Regras 18-2, 18-3 e 20-1 são modificadas como segue:
Quando a bola de um jogador está no green, não há penalidade se a bola ou marcador de bola for acidentalmente movido pelo jogador, seu parceiro, seu adversário ou qualquer de seus caddies ou equipamentos.
A bola movida ou marcador de bola deve ser recolocada como previsto nas Regras 18-2, 18-3 e 20-1.
Esta regra local aplica-se apenas quando a bola ou marcador de bola do jogador se encontra no green e o movimento for acidental.
Nota: Se for determinado que a bola de um jogador no green foi movida como resultado do vento, água ou alguma outra causa natural, como os efeitos da gravidade, a bola deve ser jogada como se encontra a partir de sua nova localização. Um marcador de bola movido em tais circunstâncias deve ser recolocado.

Até a próxima,
J. Nabuco

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Usar ou não usar celular no campo de golfe?

Olá Golfistas,

O artigo de hoje trata o uso de celulares em uma partida de golfe.

Como todos sabem, o golfe é um esporte com mais de quinhentos anos, e sofre alterações com o tempo, procurando se atualizar, mas sem perder as características tradicionais básicas, que convenhamos, é o charme do esporte.

Sou a favor de manter as regras básicas de etiqueta, como traje adequado à pratica do esporte, zelar pela segurança de todos, não falar durante a tacada de outro jogador, cuidar do campo, etc…

A etiqueta no campo de Golfe é tão importante que é apresentada na primeira seção do Livro das Regras de Golfe.

Nos últimos anos temos enfrentado os avanços tecnológicos que atingem todas as áreas, inclusive os campos de golfe, com o advento de equipamentos eletrônicos e dos celulares. Muitos não entendem como conseguiram sobreviver até recentemente sem ter um celular, para fazer praticamente tudo, e acredite, até para telefonar!

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O tema permitir ou não permitir o uso de celulares no campo de golfe é quase como religião ou política, sempre gera calorosas discussões.

No início, quando celular era raro e para poucos, nada constava nas regras de competição. Com o tempo, incluiu-se no regulamento das competições a proibição do uso do celular, cuja transgressão era punida com a desclassificação.

Os jogadores então passaram a não atender o celular, e ele ficava tocando insistentemente, perturbando a todos, e o dono não era punido, pois ele não estava usando o celular (sic!).

Mudou-se então os regulamentos para a proibição do porte de celular no campo. É claro que isso não fez sucesso. Quem ficaria responsável pelo celular enquanto o jogador estivesse no campo? E se um jogador sofresse um mal súbito e uma emergência precisasse ser acionada?

Voltaram então para a proibição do uso do celular e que o mesmo não deva distrair os outros jogadores, sugerindo que o mantivesse desligado durante a partida.

As penalidades também foram revistas, pois atualmente é consenso que na primeira ocorrência, o jogador sofreria uma advertência e no caso de reincidência, seria desclassificado. Esta determinação parece de maior consenso, pois cobre inclusive exceções, como a utilização do celular por um médico que esteja em plantão, e pode ser acionado a qualquer momento para deixar o campo.

A pergunta recorrente é o motivo de tal proibição. Para simplificar, podemos citar que seria uma grave violação a etiqueta, que no Livro de Regras cita: O jogador deveria se certificar de que qualquer dispositivo eletrônico levado para o campo não distraia os outros jogadores. A penalidade de desclassificação para esta grave violação pode ser definida pela comissão da competição, de acordo com a Regra 33-7. Outro caso, embora improvável, o jogador poderia ligar para alguém e pedir informações como deveria proceder na condução do jogo. Isso seria uma violação à Regra 8-1b (pedir conselho para alguém que não seja seu parceiro ou qualquer dos seus caddies), e consequentemente violando a Regra 14-3, por usar um dispositivo artificial para auxiliar na sua tacada, cuja penalidade seria a desclassificação.

Tenho visto algumas pessoas defenderem uma penalidade mais branda, como aplicar uma ou duas tacadas de penalidade. Infelizmente isso não é uma alternativa. A única punição permitida pelas Regras do Golfe seria a desclassificação.

Até a próxima,
J. Nabuco

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