Archive for outubro 2nd, 2014

Áreas de Drope (Dropping Zones)

Sou um crítico fervoroso de uso indiscriminado de áreas de drope, principalmente quando elas são feitas por desconhecimento das regras de “como dropar”.

Vejamos no caso de nossa raia 3, próximo ao green. Foi criado uma área de drop, para ser utilizada quando a tacada for prejudicada pela tela de proteção ao final do green.

Bom, neste caso, como deveria ser o drope de alívio? Simples, um taco de distância do primeiro ponto de alívio (não medindo através do obstáculo – nossa regra local) e não mais próximo da bandeira. O que acontece é que existe uma banca neste ponto e é sabido que o drop não pode ser feito dentro de um azar ou no green. O que fazer? Basta procurar o “primeiro ponto de alívio” não mais próximo da bandeira, cujo drope não caia na banca, que pode ser à direita ou à esquerda do green, dependendo da posição da bandeira.

Aproveitando, vamos falar um pouco sobre áreas de drope. A simples criação das mesmas não definem por si só o seu uso. Conforme o anexo I, parte A, item 6 das regras de golfe, Áreas de Drope são áreas especiais onde as bolas podem ou devem ser dropadas, quando não for possível ou praticável proceder exatamente em conformidade com a regra de obstrução fixa, condições anormais de terreno, green errado, azares de água e azares laterais de água ou bola injogável. No mesmo anexo, na parte B, item 8, o livro sugere o modelo da regra local que deve ser usada para área de drope e nela fica claro que o uso da área de drope é opcional.

Desta forma, mesmo existindo uma área de drope na raia 3 e se a regra local for omissa, podemos optar por dropar conforme a regra 24 (Obstruções).

Use as regras para ter um jogo mais prazeroso.

Até a próxima.

J. Nabuco

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Bola no lago da Raia 9 ou bola perdida?

Em nosso campo, sempre existe uma calorosa discussão quando alguém bate uma bola do tee da raia 9/18 e ela vai em direção ao lago.

Posso considerar que caiu no lago e aplico as regras de drop de azar lateral de água ou é bola perdida e deve-se bater outra bola do tee?

Bem complicado mesmo.

Veja o artigo do John Byers:

Antes de tudo, quero ressaltar uma importante mudança nas Regras de Golfe versão 2008 – 2011: antigamente para a bola ser considerada perdida num azar de água, era necessário ter “evidência razoável” do que ela estava dentro do mesmo. A partir de janeiro de 2008, para uma bola ser considerada perdida dentro do azar de água, deve ser “conhecido ou virtualmente assegurado” que a bola está dentro do azar.

Muitos vão perguntar: qual é a diferença? De acordo com as novas regras, para ter absoluta certeza do que a bola esteja perdida dentro do azar, ou é preciso encontrar a bola dentro do azar; ou é necessário ter testemunho do que a bola entrou (e não saiu) dele; ou, ainda, deve haver a clara impossibilidade de a bola estar em outro lugar a não ser dentro do azar. O jogador não pode presumir que sua bola esteja dentro do azar simplesmente porque existe a possibilidade da bola estar dentro do azar. Se não houver este “conhecimento” de que a bola está no azar de água, a bola está perdida e o jogador tem que repetir a tacada do local anterior, com penalidade de tacada e distância (Regra 27 -1).

Agora veja a regra no original em inglês:

26-1. Relief for Ball in Water Hazard
It is a question of fact whether a ball that has not been found after having
been struck toward a water hazard is in the hazard. In the absence of
knowledge or virtual certainty that a ball struck toward a water hazard, but
not found, is in the hazard, the player must proceed under Rule 27-1.
If a ball is found in a water hazard or if it is known or virtually certain that a
ball that has not been found is in the water hazard
(whether the ball lies in
water or not), the player may under penalty of one stroke:
a. Proceed under the stroke and distance provision of Rule 27-1 by playing ….

Ou seja, ainda existe para o meu entendimento, que a área perto do lago está limpa e a bola não foi encontrada, existe então “a clara impossibilidade de a bola estar em outro lugar a não ser dentro do azar”. Quero dizer que em alguns casos (como nossa raia 9) não é “uma possibilidade a bola estar na água” e sim uma “impossibilidade dela estar fora” considerando a direção que ela tomou e a facilidade de encontrar caso esteja na raia 1.

No próprio artigo do John Byers ele sugere entre outras coisas (ter um forecaddie, limpar as áreas ao redor dos lagos, cortar o rough, etc…) para evitar dúvidas. Ele também fala que em muitos torneios os árbitros decidem por optar por bola perdida, que a meu ver é uma solução muito simplista, não analisando a fundo as regras.

Bom, isso é golfe: 34 regras e muita conversa…

Até a próxima,

J. Nabuco

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Sugestão para o novo Handicap Stroke do campo da AESJ

Como já é de conhecimento de todos, nosso campo foi medido para retratar a atual condição de distâncias.O Handicap Stroke de cada buraco não foi modificado e por isso tomei a liberdade de estudar um pouco sobre o assunto e sugerir uma modificação, conforme tabela abaixo. Somente os buracos 2/11, 9/18, 3/12 e 1/10 sofreriam alterações. Cabe notar que por modelo de simplicidade, optei por manter o buraco 8/17 como o segundo mais fácil do campo, embora os números não corroborem esta afirmação, mas será mais fácil o processo de implementação.
Foi utilizado o resultado de mais de 3.500 cartões digitados este ano. Sugestão de cálculo fornecido pela USGA. Fiz algumas adaptações usando diferenças em percentual, e também aplicando média aritmética, que achei matematicamente mais correto.
Hole Par Bogey Results Scratch Results Diff Diff % NEW Handicap Stroke Current Handicap Stroke Diff % Average Diff Average
16 4 5,41 4,49 0,92 20,5% 1 1 20,9% 0,935
7 4 5,39 4,44 0,95 21,4% 2 2
15 4 5,25 4,4 0,85 19,3% 3 3 18,7% 0,825
6 4 5,21 4,41 0,8 18,1% 4 4
14 4 5,25 4,49 0,76 16,9% 5 5 18,5% 0,82
5 4 5,28 4,4 0,88 20,0% 6 6
11 5 6,23 5,21 1,02 19,6% 7 13 18,6% 0,98
2 5 6,28 5,34 0,94 17,6% 8 14
18 4 4,83 4,07 0,76 18,7% 9 11 18,0% 0,735
9 4 4,82 4,11 0,71 17,3% 10 12
12 4 4,96 4,29 0,67 15,6% 11 9 15,4% 0,66
3 4 4,94 4,29 0,65 15,2% 12 10
10 4 4,83 4,23 0,6 14,2% 13 7 14,9% 0,63
1 4 4,86 4,2 0,66 15,7% 14 8
17 3 3,81 3,18 0,63 19,8% 15 15 17,7% 0,565
8 3 3,7 3,2 0,5 15,6% 16 16
13 3 3,89 3,42 0,47 13,7% 17 17 14,6% 0,49
4 3 3,83 3,32 0,51 15,4% 18 18

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